terça-feira, 30 de novembro de 2010

Revendo aprendizagens do 7°semestre (2009)

Com a Interdisciplina de Didática, planejamento e avaliação fiz leituras sobre Comênio, as quais considerei importantes para compreender melhor suas concepções tão significativas hoje em dia, pois busco uma nova escola que possa efetivamente alcançar esses fundamentos, penso que estou no caminho para que isso ocorra integralmente. Consequentemente foi muito bom ter esse suporte teórico para refletir e absorver os ensinamentos, tentando colocar em prática o que for possível dentro da pedagogia atual.


Com a Interdisciplina de Libras entendi que para conversar com uma pessoa surda é necessário primeiro não ter preconceito, portanto num primeiro momento tentaria usar gestos, expressões faciais e corporais, falando devagar, mantendo a comunicação visual. Contudo sem dúvidas que para interagir melhor com eles, é preciso entender a cultura surda, aprendendo a língua de sinais e participando da comunidade surda através de associações e clubes. Nos dias de hoje a língua de sinais já é aceita, porém ainda há muita discriminação e falta de preparo da família e de profissionais que lidam com os surdos. É preciso ter mais respeito e conhecimento sobre a cultura surda para compreendê-los , conseguindo relacionar-se de uma maneira natural.


Com a Interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos compreendi que se tiver oportunidade de trabalhar com a EJA, tenho a responsabilidade de usar uma dinâmica metodológica, partindo das idéias freireanas que diz que é preciso o aluno aprender a ler a sua realidade para transformá-la, para ser capaz de interagir na sociedade, sendo sujeito da sua própria historia. Essa leitura de mundo só é possível quando compreende e faz relações, portanto tenho que valorizar o contexto social no qual meu aluno está inserido, no intuito de obter um trabalho rico a ser construído com trocas de aprendizagens e novas descobertas.


Com a Interdisciplina de Linguagem percebi após as leituras propostas, que o mais adequado é alfabetizar letrando,conciliando a apropriação do sistema alfabético-ortográfico em condições que possibilitem o uso da língua nas práticas sociais de leitura e escrita. Proporcionar aos alunos contato e manuseio com diferentes gêneros( poema, notícia do jornal, bilhete, letra de música, email) e suportes de textos escritos ( livro,dicionário, agenda, placas )na tentativa de aproximar as práticas de leitura e de escrita para a realidade dos alunos, favorecendo que estes as reconheçam como instrumento usável fora do ambiente escolar, vivenciando e fazendo uso deles no seu dia-dia.


Com a Interdisciplina do Seminário Integrador VII, aprendi mais um pouco sobre o trabalho dos PAS, que prá mim ainda é um desafio a ser posto em prática futuramente. Acredito que é uma forma diferenciada de aprendizado, onde os alunos investigam suas dúvidas e certezas provisórias, tendo o professor como facilitador da construção do conhecimento.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Revendo aprendizagens do 6° semestre (2009)

Com a Interdisciplina de Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II aprendi com a leitura do texto: Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos do Prof° Fernando Becker, que o conhecimento pode ser adquirido o tempo todo, em qualquer lugar, durante toda a nossa vida. Sempre estamos aprendendo e reaprendendo. Como diz o modelo da pedagogia relacional, o sujeito deve atuar (assimilar) sobre o seu conhecimento, problematizando, para então construir um novo conhecimento (acomodação).

Desse modo o professor não vê o aluno como uma tábua rasa que nada sabe, mas sim como tendo uma história de conhecimento já percorrida e que pode aprender sempre.
Estudei e considerei muito relevante os estádios do desenvolvimento da criança segundo Piaget, ter esse conhecimento facilita ao educador, observar e entender cada fase que a criança passa, exigindo dela somente o que já está pronta para realizar.
Também fiz leitura sobre o método clínico experimental de Piaget, importante contribuição para a investigação na área de psicologia do desenvolvimento. Entendi que o objetivo era descobrir por que os sujeitos tinham tantas dificuldades de resolver problemas e porque os erros eram tão sistemáticos. Com esse método é possível fazer uma investigação de como as crianças pensam, percebem, agem e sentem.
Com a Interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Especiais compreendi que para a construção de uma educação inclusiva, tal como é defendida, é necessário uma ação fundamentada pelo princípio da não segregação, ou seja, a inclusão de todos, quaisquer que sejam suas limitações e possibilidades individuais e sociais. O sentido especial da educação consiste no amor e no respeito, na busca para melhor favorecer o crescimento e desenvolvimento do outro.

Com a Interdisciplina de Filosofia da Educação constatei a importância de uma boa argumentação, que é a justificativa de uma ideia, bem como compreendi melhor a estrutura do argumento (premissa e conclusão) e também alguns exemplos práticos de como identificá-los. Precisei ler o texto, O dilema do antropólogo francês, e defender sua decisão, de forma argumentativa, dessa forma treinei a análise e a escrita. Assisti ao filme Clube do Imperador, analisei e argumentei me posicionando em relação às situações que ocorreram na história. Compreendo as atitudes do professor da forma como aprendi e compreendo os valores éticos e morais, por isso cada pessoa que vier assistir o filme terá certamente opinião diferente da minha. O ser humano é imperfeito, mesmo pessoas íntegras, podem uma hora ou outra ter algum deslize. Um professor está sujeito à falhas e imperfeições como todas as outras pessoas. Mesmo com boas intenções tentando ajudar um aluno a se modificar não conseguiu, pois por melhor que seja o professor, os exemplos bons ou ruins vêm do que recebemos da família. A falta de valores éticos ou morais ou a inversão de valores são problemas muito graves na sociedade atual. Com a Interdisciplina de Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História constatei a necessidade de fazer com nossos alunos, atividades que façam com que percebam o seu eu e sua responsabilidade na construção da do mundo. Precisam compreender que a diversidade cultural enriquece as pessoas, pois todos possuem algo que acrescenta em nós.

Com a Interdisciplina de Seminário Integrador VI aprendi a importância da reflexão crítica em relação as escritas anteriores, para que dessa forma se possa melhorar a construção dos futuros trabalhos.No caso do PA, feito no 5° semestre, consegui esclarecer alguns pontos essenciais, por exemplo, em primeiro lugar a pergunta a ser investigada deve ser clara, com argumentos consistentes nas certezas iniciais, o mapa conceitual a ser construído deve conter um conceito central e nos demais que se interligam através dos elementos de ligação, precisa-se respeitar a ideia do conceito ou inventar outro.Outro detalhe requer atenção, a observação dos sites pesquisados na Internet, pois alguns não são totalmente confiáveis em suas informações.

Além disso, pude entender melhor como se faz um resumo, percebo que essa interdisciplina, juntamente com a de filosofia, oportunizaram uma qualificação no meu processo de escrita, através delas amadureci a minha forma de analisar, argumentar e sintetizar as informações adquiridas nos materiais teóricos.

sábado, 23 de outubro de 2010

Revendo aprendizagens do 5° semestre (2008)

Com a Interdisciplina de Organização do Ensino Fundamental aprendi que numa gestão democrática se faz necessário uma participação coletiva dos atores envolvidos, onde todos sejam ouvidos, respeitados em suas opiniões de mudanças ou continuidade. É um grande desafio, construir uma cultura participativa e democrática na escola, com avaliações constantes, fortalecendo as conquistas, mostrando com transparência cada passo dado.
Com a Interdisciplina de Organização e Gestão da Educação fiz muitas leituras e conclui que ainda existe uma inconsistência entre as leis e a prática, ainda há muito que evoluir nas questões educacionais, pois não se conseguiu alcançar totalmente os objetivos e necessidades almejadas nas questões organizacionais e políticas da educação brasileira. Realizei um estudo do PPP e do Regimento Escolar da escola em que leciono e observei que muitas expressões e objetivos expostos no segundo, não conferem com o primeiro que está atualizado. Por exemplo, a inclusão é um aspecto importante que deve ser considerado, pois está presente nas salas de aula e ainda não se sabe como contribuir significativamente para o desenvolvimento das habilidades específicas destes alunos. Entendo que incluir é ter condições de trabalhar o aluno em um contexto de escola dita “normal”, mas para isso é necessário que haja condições mínimas para o professor fazer esta tarefa. O professor precisa de capacitação, suporte pedagógico e físico.Estamos conseguindo avanços, mas precisamos muito mais para ter uma educação de qualidade, igualitária e moderna.
Com a Interdisciplina de Psicologia da Vida Adulta pude refletir acerca do que é ser adulto, como ter mais responsabilidades, fazer escolhas e se comprometer com seus projetos. A maturidade adquirida nos mostra ser necessário ter mais discernimento sobre as situações que ocorrem no dia a dia, tendo tolerância com os que nos cercam e aprendendo a ver as coisas de um novo ângulo. Mesmo sendo adulto temos nossos momentos de fragilidade, de erros e acertos como qualquer outra fase de idade.
A aprendizagem na vida adulta ocorre mais lentamente, mas o adulto tem capacidade de aprendizado, desde que seu raciocínio seja estimulado e que tenham a motivação adequada, com conteúdos apropriados para as suas condições intelectuais. Todos nós aprendemos levantando hipóteses e resolvendo problemas. Cabe ao professor oportunizar um ambiente favorável, de confiança, de diálogo, respeitando a autonomia do educando, possibilitando que cada um construa seu conhecimento.
Com a Interdisciplina de Seminário Integrador V aprendi mais sobre tema do estresse, fazendo um projeto de aprendizagem em grupo. Através do wiki, postamos o material encontrado sobre o assunto. Realizamos comunicações por email,telefonemas e encontros presenciais,onde discutimos dúvidas e certezas.Foi feito um mapa conceitual sobre nossas primeiras impressões sobre o estresse e faremos outra para o fechamento do projeto deste ano. Foi produtivo, pesquisar e contribuir com o trabalho, abordando questões apresentadas como as dúvidas e também encontrando outros aspectos interessantes e relevantes que não havíamos pensado anteriormente.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Revendo aprendizagens do 4° semestre (2008)

Através da Interdisciplina de Representação do mundo pela Matemática adquiri maior competência para ensinar as questões de lógicas, as espaciais e as numéricas, pois foram apresentados várias atividades possíveis de serem trabalhados com os alunos, a fim de ajudar na construção das primeiras aprendizagens matemáticas. Utilizei posteriormente em sala, alguns materiais apresentados no curso, outros também que descobri lendo sobre o assunto, como: tangram, elaboração de gráficos, jogo do sabonete, enfim muito material concreto(tampinhas, palitos).
Através da Interdisciplina de Representação do mundo pela Ciências adquiri mais conhecimentos sobre como ajudar os alunos a trabalhar conceitos como: coletividade, racionalidade, cooperação, comprometimento e principalmente o respeito, que auxiliarão na interação entre a criança e o meio a fim de que a mesma ajude na construção de uma sociedade mais equilibrada e justa, assim como, aprendam a ser sujeitos críticos e conscientes do seu papel dentro desta.
Através da Interdisciplina de Representação do mundo pelos Estudos Sociais constatei a necessidade de abordar temas que possibilitem a construção da Identidade da criança a partir das relações sócio-histórico-culturais, de forma consciente e contextualizada, priorizando a formação do educando enquanto sujeito participante da história, construtor de um processo dinâmico, que age, interage e modifica a sociedade. É desejável resgatar a importância das ações e atitudes no processo de construção da história da humanidade, estimulando sempre a sua auto-estima, desenvolvendo sua identidade para reconhecer seus limites para a conquista da autonomia.
Através da Interdisciplina de Seminário Integrador IV, compreendi melhor a importância de utilizar melhor o tempo, desenvolvendo a autonomia discente, a partir de uma elaboração de um plano individual de estudos. Nessa organização consegui perceber onde eu estava gastando mais tempo e de que forma, reavaliando algumas questões, percebi que de uma maneira geral, estava conseguindo manter um equilíbrio entre estudo, vida profissional e vida pessoal.
Em comum todas as Interdisciplinas desenvolveram os conceitos de tempo e espaço.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Revendo aprendizagens do 3° semestre(2007)

Nesse 3° semestre aprendi muito através das interdisciplinas: Artes Visuais, Literatura Infantil, Música e Ludicidade, onde relacionei as aprendizagens feitas ,pois existiram muitos pontos em comum neste eixo temático.
Em Literatura infantil pude perceber lendo o capitulo V, do livro: Gostosuras e bobices da Fanny Abramovich, como há um preconceito quanto ao trabalho de poesias com crianças. Muitos escritores fazem poemas com temas moralizadores, patrióticos, piegas ou com formato no diminutivo. Contudo a boa poesia deve ser aquela que mexa com a emoção , os sentimentos, prazerosa de ser lida , que apresenta surpresas. Assim como uma história para ser bem contada, a escolha da poesia também precisa ser observada, que seja de poetas que já dominam o verbo, constroem o verso, controlam o ritmo, coisas que os iniciantes ainda não possuem. Também para uma boa leitura, é importante o conhecimento anterior da poesia pela professora, que deve tê-la lido, sentindo e percebendo a emoção a ser repassada para os alunos. Precisamos ler muito para os alunos, para despertar o gosto pela leitura e a escrita.
Em Artes Visuais refleti sobre como uma imagem pode transmitir muitas coisas, alegrias, tristezas, emoção...levar a pensar sobre o que se passa com as pessoas refletidas nela. Sempre há uma mensagem incutida na imagem, mostrando ou dizendo algo. Na releitura da obra de Velásquez, fiz uma interpretação própria e reproduzi a minha própria obra de arte. Foi muito interessante observar as várias interpretações das colegas que surgiram, comprovando que através de análise de obras podemos trabalhar a imaginação, percepção, reflexão e interação com a arte.
Consigo ver os trabalhos realizados por meus alunos com outro olhar, pois cada um tem uma maneira própria de enxergar um mesmo objeto. Acredito que essa concepção contemporânea de Artes, chamada de proposta triangular, possibilita uma consciência crítica sobre a obra artística, vendo as questões sociais que as envolve e trazendo a arte para a vivência dos alunos, fazendo com que experimente as emoções da beleza, conviva com ela, crie gosto por ela e desenvolva a sensibilidade. Através dela possa relacionar-se melhor com as pessoas, ampliando e enriquecendo seu entendimento do mundo.
A visita a Bienal foi uma ótima oportunidade de constatar através da observação, que as obras expostas podem ter várias interpretações, nos levando a pensar nas idéias dos autores, tentando compreendê-las e tendo nossa própria concepção do que se quer passar com o trabalho. Notei que algumas obras ou materiais lá na Bienal, já utilizei parecido em sala de aula e outros pude perceber como ponto de partida para breves atividades, como exemplo, utilizar a música para compor um momento de soltar a criatividade, estressando sentimentos, observando sons e mensagens da letra. Como nunca tinha ido a Bienal, vejo como uma grande oportunidade de aprendizado proporcionada pelo PEAD, essa nossa visita.Observar as obras e pensar sobre as idéias que se pretende passar com elas. Entender que a Arte é bem subjetiva e ampla. Mudar conceitos e pré-conceitos! Construir propostas e projetos aplicáveis em sala de aula.
Em Música tive um novo olhar para a música, principalmente a MPB, podendo repassar essa idéia em sala de aula. Através da música se consegue realizar atividades com ritmos, atenção, socialização, lateralidade, emoção e sentimentos, entre outros.
Na Interdisciplina de Teatro compreendi sobre os exercicios de improvisação, jogos teatrais,os movimentos expressivos, característicos do tema, que podem e devem ser aproveitados como atividades ricas de ser exploradas com as crianças. Momento lúdico que libera emoções, faz a pessoa se conhecer melhor e entender melhor também o outro.
No Seminário integrador III assisti ao filme Doze homens e uma sentença que me possibilitou um entendimento melhor a respeito dos conceitos de wvud~encias e argumentos, tão necessários nas postagens desse blog, como também nas escritas dos trabalhos do curso e do próprio TCC.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Revendo aprendizagens do 2°semestre(2007)

No segundo semestre continuei lendo e fazendo novas aprendizagens.
Na Interdiciplina do Seminário Integrador II fiz um relatório a cerca do caminho de casa até a escola, onde refleti sobre a rotina, o tempo, pessoas e paisagens que encontro diariamente. Desenvolvi melhor com isso a percepção das coisas ao meu redor e dos fatos cotidianos.
Contudo o que mais marcou foi o memorial da infância, atividade integrada com a Interdiciplina de Escolarização, Espaço e tempo na perspectiva histórica, onde fiz uma linha de tempo a partir da minha história de vida. Despertei as memórias, percebendo que a forma que me constituo hoje, teve influências de tudo que vivi e experimentei. “Recordar é viver”, pois as memórias concretizam nossa existência, formam nossa identidade. Através dessa tarefa constatei a importância de resgatar com as crianças a observação que antes de nascerem já existiam muitas coisas e pessoas, incentivando para construírem a noção de tempo, preparando para entendê-la como uma dimensão contínua. Analisar as mudanças ocorridas e também as permanências. Além disso, trabalhar a questão da família, as regras e costumes da casa, concluindo que há diferentes tipos de famílias e que está é o nosso primeiro grupo social.
Assisti ao filme: A invenção da infância, onde analisei o conteúdo e vejo que ser criança não significa ter infância. Quero sempre trabalhar ludicamente, oportunizando aos alunos momentos de ser criança em sala de aula.
Também através dessa Interdiciplina conheci o Manifesto dos Pioneiros, a Escola Nova, a Maquinaria Escolar, conheci a Escola da Ponte e compreendi mais sobre os pensadores na história da educação no Brasil como Anísio Teixeira. Vejo agora a importância de passar por um curso de Pedagogia que me proporcionou refletir sobre como a estruturação da escola dos anos 30, ainda nos acompanha.
Na Interdiciplina de Desenvolvimento e Aprendizagem sob enfoque da Psicologia I, assisti o filme: Freud além da alma, tendo contato com a criação da teoria psicanalítica e fazendo um paralelo com os atos e posturas que tenho que ter em sala de aula, para com meus alunos. Preciso como ser humano estar em constante reflexão, a fim de buscar um conhecimento de mim mesmo, diante de diferentes situações, para conseguir entender os sentimentos dos outros.
Aprendi também sobre as teorias de aprendizagem Behaviorismo, Gestalt e Sócio-Interacionismo,e a Epistemologia genética de Piaget . Compreendi que a aprendizagem é um processo com várias etapas, portanto o erro faz parte do desenvolvimento do indivíduo. Estamos sendo aprendendo ou reaprendendo, cada um no seu tempo, de acordo com o que já foi construído anteriormente.
Na Interdiciplina de Fundamentos e Alfabetização revi os conceitos de alfabetização e letramento tive um maior entendimento sobre eles, haja vista que são conceitos distintos mas que se completam. A criança já domina o letramento quando entra na escola, pois está em contato com material escrito . Vejo agora que somente alfabetizar não é suficiente, a criança precisa estar letrada para exercer plenamente a leitura e a escrita no mundo atual. O professor alfabetizador deve repensar sua metodologia, a fim de propiciar atividades que levem o aluno a se alfabetizar letrando, utilizando diversos gêneros textuais e lendo muito para eles.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Revendo postagens do 1° semestre(2006)

Foi muito interessante visitar o antigo blog , reler as postagens e os comentários deixados por colegas, tutoras e professores. Consegui perceber durante as leituras, as angústias, as expectativas, os desafios e os progressos feitos a cada trabalho solicitado no curso.
Ficou bem evidente no 1° semestre do curso do PEAD, as dificuldades com o mundo virtual, ler emails, entrar no pbwiki, acessar o ROODA, não esquecer as senhas, postar fotos e gifs, nossa era tudo tão complexo. Contudo com ajuda das tutoras do pólo, bem como meu empenho pessoal, aos poucos fui sanando os problemas. Fui adquirindo confiança e me aventurando em procurar sozinha os sites, em como utilizar melhor as possibilidades do computador e completar as atividades sem auxilio de ninguém. Deixei de ir ao pólo procurar ajuda e isso levantou minha autoestima, pois conseguir “mexer” na máquina e navegar na Internet era algo que parecia muito complicado e distante de mim .
Conhecendo melhor o mundo virtual e tendo também um laboratório de informática na Escola, posso agora trabalhar com os alunos vários recursos e sites aprendidos, que fizeram parte da elaboração das atividades no estágio.
Tive momentos bacanas, onde visitei os blogs das colegas de São Leopoldo e também as demais, onde foi possível trocar informações, idéias e fazer novas amizades, nessa nova rede cooperativa de aprendizagem. Visitei também blogs educacionais indicados pelas professoras Suzana e Patrícia, que mostraram um material muito rico , com atividades possíveis para trabalhar com os alunos.
Conheci a ideologia de: Weber, Max, Engels e observo que apesar do tempo o pensamento deles continuam influenciando e refletindo nos dias de hoje. Percebo a importância de pensar a educação que temos e a educação que desejo ter e lutar por ela, buscando um trabalho de qualidade, pesquisando e enriquecendo meu conhecimento.
Li e interpretei o conto: ilha desconhecida de José Saramago. Fiz uma relação do texto com a minha vida, observando que o professor precisa aproveitar as portas abertas e tomar decisões que sejam importantes para seu futuro profissional, como este curso que possibilitou a busca pela qualificação. Abandonei portos seguros para navegar em busca de uma ilha desconhecida ou conhecida em alguns aspectos e constato que valeu muito. Como é importante não desistir dos sonhos no primeiro obstáculo, ter metas. Buscar, desafiar, desacomodar, decidir!

domingo, 11 de julho de 2010

Apresentação das aprendizagens





Embora tenha feito a cada semestre apresentação das aprendizagens para as colegas e professores, ainda fico nervosa e insegura. Não tenho a mesma facilidade que vejo em outras pessoas, de chegar na frente do grupo e falar como se estivesse em casa conversando com familiares.
Sei que esse momento tem como um dos objetivos nos preparar para a banca no final do curso, quando apresentaremos o TCC, contudo me sinto mais a vontade escrevendo do que apresentando os trabalhos. Contudo consegui relatar bem as atividades que realizei no estágio curricular, bem como destaquei as aprendizagens (na verdade constatações) feitas nesse período. Destaco nesse dia, a troca de saberes que compartilhamos com as colegas do PEAD, mesmo tendo um tempo determinado para falarmos, foi possível observar a caminhada de cada uma e algumas que conheço mais intimamente consegui ver o progresso que teve em relação a outros semestres.
Nesse momento aprendemos com a troca de ideias, do diálogo e também com a crítica. Podemos refletir com a produção da outra pessoa, analisando a nossa e talvez respondendo dúvidas, encontrando soluções e reconhecendo pensamentos iguais. É uma atividade rica e significativa para todos os presentes, certamente nos qualifica ainda mais como aluno e profissional da educação.



REFERÊNCIA

Disponível em http://mathetics.net/pages/modelos.htm acesso em 11/07/10


domingo, 4 de julho de 2010

Aprendizagens do semestre


Enquanto estagiária havia me programado em alcançar certos objetivos pessoais de aprendizagem, que era aprender a utilizar melhor o tempo em sala de aula, proporcionando aos alunos aulas dinâmicas com atividades que estivessem de acordo com o que já sabiam e com o que precisavam saber. Além disso, repassar o conhecimento que construí ao longo do curso, no intuito de ajudar meus alunos a construírem seus próprios conhecimentos.Consegui por isso em prática planejando melhor as aulas, integrando as áreas de conhecimento, através de atividades diversificadas com músicas, histórias, poesias, jogos, experiência, brincadeiras, aula-passeio e outros. Alcancei então os objetivos desejados, onde as crianças se mostraram sempre entusiasmadas e interessadas por todas as atividades propostas.Constatei que o ato de planejar é importante, a aula transcorre melhor quando temos a continuidade de atividades relacionadas, tudo encaixa e flui melhor. Compreendi ainda mais a necessidade do brinquedo para os meus alunos e busquei criar situações que possibilitasse estimular seu desenvolvimento e a própria interação social. Além disso, acredito cada vez mais que somente tendo relações afetivas e dialógicas entre professor e alunos, que se faz uma educação produtiva e qualitativa.Refletindo a cerca do estágio concluo que minhas aprendizagens estão sendo fundamentais para a minha práxi, pois o estágio terminou, porém o meu trabalho profissional continua e agora muito melhor.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Arquiteturas Pedagógicas




A escola em que leciono possui o EVAM( Espaço Virtual de Aprendizagem e Multimídia) onde quinzenalmente os alunos realizam atividades lúdicas que envolvem raciocínio lógico, coordenação motora,asssociação e outros. Porém nos momentos em que o ambiente não está sendo ocupado pelos alunos da área,pode-se fazer uso dele.
Durante o estágio utilizei o laboratório de informática sempre que possível, a fim de trabalhar com jogos e vídeos educacionais de forma apoiar a aprendizagem realizada em sala de aula, com a participação da professora responsável pelo espaço. Procuramos vários sites educacionais onde conseguimos material que enriqueceram as atividades sobre a temática alimentação e saúde. A turma( 1° ano) sempre foi receptiva e participou com entusiasmo das atividades propostas, auxiliando-se mutuamente e aprendendo com prazer.
Através desse tipo de arquitetura incidente, houve uma combinação de estratégias e variação de recursos, ou seja os alunos tiveram apóio da tecnologia virtual para facilitar a construção de seus conhecimentos. São ferramentas que provocam situações de desequilíbrio na estrutura cognitiva do educando, proporcionando avanços no seu aprendizado. Houve muito momento lúdico, desenvolvendo habilidades, estimulando a solução de problemas, capacidade de decisão, despertando a curiosidade e o desafio, atitudes importantes e necessárias de serem vivenciadas pelos alunos que estou ajudando a formar.


REFERÊNCIAS

http://senaedpedagogiaead.wordpress.com/2009/05/31/arquiteturas-pedagogicas-no-pead/
acesso em 28/06/10

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Reflexões, aprendizagens e novos caminhos




Nessa semana foi o término da prática de estágio e pedi aos alunos que fizessem uma retrospectiva de suas aprendizagens sobre o tema trabalhado, alimentação e saúde. Primeiro eles falaram individualmente, depois fizeram desenhos explicitando o que aprenderam e sobre as atividades que mais gostaram de participar. Além disso, apresentaram as aprendizagens aos alunos do outro 1° ano, bem como as supervisoras da escola.
Esse momento foi muito interessante, pois possibilitou que refletissem sobre suas aprendizagens e também interagissem com outras pessoas, mostrando o conhecimento adquirido.
Isso me permitiu constatar o desenvolvimento e o aprendizado deles sobre a temática e a necessidade de realizar mais esse tipo de atividade, a fim de que se comuniquem mais e melhor com as pessoas, trocando idéias e repassando saberes.
Eu também parei para refletir sobre as semanas de estágio, analisei acertos e erros.
A maioria dos educadores, devido a falta de tempo, ou por algum outro motivo deixam de fazer algo que é fundamental para sua prática diária; que é o ato de refletir. Pensar é começar a mudar. Quem não reflete sobre o que faz acomoda-se, repete erros e não se mostra profissional.
Nesse sentido Freire (1996) afirma que: “É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem é que se pode melhorar a próxima prática”.

REFERÊNCIAS FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 20ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Dialogando

Trabalhando com alunos do 1° ano exercito muito o diálogo com eles, por perceber essa necessidade latente neles e por acreditar que é o caminho para uma prática educativa democrática. Iniciamos a semana numa rodinha onde contam sobre o fim de semana e onde eu adianto o que vamos trabalhar durante a mesma. Ouvimos uns aos outros com respeito e interesse.
Para Freire (1999) o diálogo é a essência da educação como prática da liberdade. Por acreditar dessa forma também é que as relações entre mim e meus alunos são afetivas e dialógicas. Não sei tudo e aprendo diariamente com eles e através desse diálogo tão necessário, consigo perceber o estágio de aprendizado que se encontram, o que sabem e o que precisam aprender.
Aprendemos uns com os outros, dizia Freire( 1999 ) então temos que escutar o outro, quais são suas idéias, o que seu aprendizado acrescenta em mim, essa é a verdadeira aprendizagem produtiva.
O educador precisa estar aberto para a troca de saberes com seus educandos, pois não somos os detentores de todo o conhecimento,dessa forma se diminui as distâncias e as diferenças. Tenho que conhecer o dia-a-dia dos alunos para entendê-los e para poder ajudá-los no seu processo de aprendizagem.
O próprio Comenius (1592-1670), considerado o pai da didática moderna, já tocava em questões como a importância da afetividade do professor, do respeito ao estágio do desenvolvimento da criança e do diálogo em sala de aula.

REFERÊNCIA
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 11.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Brincar é importante



Introduzi o tema semanal,origem dos alimentos, porque em uma atividade feita na semana anterior, alguns alunos ficaram em dúvida de onde vinha o leite, inclusive um disse: “Vem do BIG”. Portanto trabalhei novamente com embalagens de alimentos, focalizando sua origem explicando, por exemplo, de onde vem o sal e de que fruta se faz o chocolate.
Nos divertimos com o mercado montado na sala, onde compraram e venderam produtos, utilizando dinheirinho de brinquedo.Ora eram vendedores, ora compradores, vivenciando esses papéis sociais. A brincadeira em questão não apenas divertiu-os, mas fez com que interpretassem o mundo em que vivem.
Para Fortuna (2002) os adultos que compartilham desses momentos lúdicos ganham também. Comprovo essa afirmação, pois participando ou olhando eles brincarem entro no clima da fantasia e alegria que partilham.
Nesses momentos de brincadeira devemos estar atentos para conseguirmos acompanhar o processo de desenvolvimento dos alunos, tanto na parte cognitiva quanto afetiva.
Fortuna ( 2002) explica que a sala de aula é um indicador de possibilidades de exercício lúdico, onde as crianças constroem significados objetivando a assimilação dos papéis sociais, o entendimento das relações afetivas e a construção do conhecimento.

REFERÊNCIA
FORTUNA, Tânia Ramos. Papel do brincar: Aspectos relevantes a considerar no trabalho lúdico. Revista do professor. Porto Alegre, 9-14, jul./set.2002.

domingo, 30 de maio de 2010

Aprendendo com Freinet



Pesquisando sobre a pedagogia de Freinet, reli que sua teoria é centralizada na criança e baseada sobre alguns princípios:

- senso de responsabilidade
- senso cooperativo
- sociabilidade
- julgamento pessoal
- autonomia
- expressão
- criatividade
- comunicação
- reflexão individual e coletiva
- afetividade

A maior parte deles se faz presente em minha prática educativa com meus alunos e procuro aprimorá-los a cada dia.
Na semana passada fomos ao mercado próximo da escola, a fim de observar e identificar as frutas, os legumes e as verduras que trabalhamos durante todos esses dias. Aproveitei para mostrar como são vendidos, ou seja, por unidade ou por quilo.
Passeamos pelos corredores onde os alunos foram apontando outros alimentos trabalhados, como o feijão e os doces.
Foi bastante proveitoso o passeio-aula, onde percebi o aprendizado acontecendo. Realmente unir a teoria com a prática, trás resultados mais concretos, contribuindo para mostrar aos alunos que aquilo que trabalhamos em aula está vinculado a vida.
Para Freinet (1996) a criança aprende pela experimentação concreta no mundo real, na relação com o mundo, com as pessoas, enfim, com o meio social. Acreditava que um experimento, qualquer que seja, deixa uma marca indelével e é com essas marcas que a criança constrói seu conhecimento.
Essa atividade realizada fez com que eu constatasse que o recurso didático utilizado, contribuiu para despertar o interesse em aprender mais, pois a criança gosta de atividades práticas. Segundo Freinet (1975) a aula-passeio está fundamentada na ordem e na organização e a disciplina é importante para que o trabalho produza frutos e depende do envolvimento de todos os atores da escola. Os alunos se comportaram muito bem tanto no caminho, quanto no estabelecimento.Souberam ouvir e falar conforme as combinações feitas anteriormente.
Freinet ( 1975) afirma que nesse tipo de ferramenta utilizada as relações se tornam mais próximas e menos formais, sendo momentos de trocas e aprendizado.
É exatamente isso que consegui observar, crianças aprendendo de uma forma descontraída e feliz. Percebo agora que poderia também ter feito a aula-passeio como forma de introdução do assunto,para depois aprofundar os conteúdos, mas de qualquer maneira as duas formas estão de acordo com a teoria de Freinet.
Para essa semana montaremos um mercadinho com embalagens de alimentos vazias e com dinheirinho, para que brinquem de comprar e vender, conforme observaram na aula-passeio.

REFERÊNCIA
FREINET, Cèlestin. Pedagogia do bom senso. São Paulo: Martins Fontes,1996.
FREINET, Cèlestin. As técnicas Freinet da escola moderna. Tradução de Silva letra. 4ª ed. Lisboa Portugal: Estampa,1975.170p.

domingo, 23 de maio de 2010

O lúdico na vida da criança







Lendo e refletindo, reafirmo que o lúdico contribui para aprendizagem dos alunos, como torna as aulas mais dinâmicas e prazerosas.
Luckesi ( 2000) afirma que enquanto estamos participando verdadeiramente de uma atividade lúdica, não há lugar, na nossa experiência, para qualquer outra coisa além dessa própria atividade. Não há divisão. Estamos inteiros, plenos,flexíveis, alegres, saudáveis.
O tema principal dessa semana foi a pirâmide alimentar onde os alunos puderam perceber através do desenho,que os alimentos que devemos comer mais, fica na base e o que devemos comer menos fica na parte menor da pirâmide.
Os alunos gostaram da brincadeira com as embalagens dos alimentos onde tinham que dizer a que grupo da pirâmide alimentar pertencia cada alimento mostrado. Gostaram de cantar as músicas sobre o feijão e sobre a ida a feira. Gostaram dos jogos virtuais onde tinham que encontrar o lugar correto na pirâmide para os itens selecionados e separar os alimentos que ficam no mesmo grupo alimentar.
Adoraram as brincadeiras na educação física que envolveu também as embalagens dos alimentos e foram realizadas em equipes, onde constatei a importância do trabalho em grupo para o resultado ser alcançado. Luckesi ( 2000) fala que vivenciar uma experiência lúdica em grupo é muito diferente de praticá-la sozinho. O grupo tem a força e a energia do grupo; ele se movimenta,se sustenta, estimula, puxa a alegria, mas somente cada individuo, nesse conjunto vital e vitalizado, poderá viver essa sensação de alegria, partilhada no grupo.
Muitos educadores avaliam a brincadeira como tempo perdido, tendo a idéia de que é uma atividade oposta ao trabalho, menos importante do que o resto das atividades pensadas. Essa concepção é comprovada na medida em que a criança avança nas séries/ anos do ensino fundamental. O tempo de brincar vai diminuindo, se restringindo a hora do recreio. Isso é uma pena,pois as crianças precisam e merecem esse tipo de atividade articulada ao seu processo de aprendizagem.


REFERÊNCIA
LUCHESI,Cipriano Carlos. Educação, ludicidade e prevenção das neuroses futuras: uma proposta pedagógica a partir da Biossíntese,
in Educação e Ludicidade. Coletânea Ludopedagogia Ensaios 01, organizada por Cipriano Carlos Luckesi, publicada pelo GEPEL,
Programa de Pós-Graduação em Educação, FACED/UFBA, 2000

terça-feira, 18 de maio de 2010

A importância da família na escola




Dentro da temática alimentação e saúde, combinei com os alunos uma salada de frutas.
Convidei as mães do Lucas e do Pedrinho para ajudar na organização. Nós descascamos as frutas, eles picaram e colocaram no pote onde os ingredientes foram misturados.
Enquanto aprontávamos a nossa receita conversamos sobre a importância das frutas e como a salada ficaria saborosa, porque afinal nós estávamos preparando-a. As frutas enviadas foram
banana, maçã, laranja, kiwi. Trouxe uma lata de pêssego para incrementar.
Quando ficou pronta, servimos a eles. Alguns alunos apenas provaram, demonstrando não terem o hábito de comer frutas em casa, porém outros repetiram várias vezes.
É difícil mudar velhos hábitos, mas acredito que a sementinha está sendo plantada e até o final do ano vou insistir para que percebam a necessidade e a importância das frutas na nossa alimentação.
Segundo Freire ( 1997) A compreensão do que se está lendo, estudando, não estala assim, de repente, como se fosse um milagre. A compreensão é trabalhada, é forjada, por quem lê, por quem estuda que, sendo sujeito dela, se deve instrumentar para melhor fazê-la. Por isso mesmo, ler, estudar, é um trabalho paciente, desafiador, persistente.
As mães demonstraram muita satisfação por estarem realizando uma atividade em parceria com a professora e com o seu filho.Se ofereceram para serem chamadas quando eu precisar. É muito bom poder contar com pais que colaboram e entendem o trabalho que está sendo desenvolvido.
A participação dos pais na escola é interessante para a escola e para o filho, pois pais e escola devem educar juntos, para um bem maior. Essa aliança entre ambos é altamente produtiva e eficaz. Acredito que a escola deve dar o primeiro passo, deixando a porta aberta para que a família possa contribuir e interagir na educação dos alunos.
Como nos lembra Freire (1999), a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.

REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não. Cartas a quem ousa ensinar. Editora Olho D'Água, 10ª ed., 1997, p. 24.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 11.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Aprendendo na prática

Nessa semana apesar de ter planejado uma atividade no laboratório de informática, não pude realizá-la, pois o mesmo se encontrava em manutenção. Isso foi um pouco frustrante, pois tive que mudar um pouco o planejamento fazendo uma atividade do dia seguinte e não podendo utilizar tal recurso.
Pude com isso refletir que o planejamento é apenas um roteiro do trabalho e pode ser mudado quando sentimos a necessidade ou mesmo quando uma situação nos força.Como o ato de planejar é importante, a aula transcorre melhor quando temos a continuidade de atividades relacionadas, tudo encaixa e flui melhor.
Rodrigues ( 2001) diz que o planejamento não deve ser feito de uma forma mecânica, com caráter burocrático, mas sim servir de instrumento de reflexões constantes e ser flexível a mudanças necessárias ou imprevisíveis.
Comênio ( 1996) já apontava a necessidade de apresentar ao aluno um caminho fácil e seguro de por o conhecimento em prática e com bom resultado. Oferecer uma aula com menos barulho, menos enfado, menos trabalho inútil, com mais atrativos para aprender.
REFERÊNCIAS:
COMÉNIO, João Amós. Didácta Magna: tratado da arte de ensinar tudo a todos. 4. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996. 525 p.
RODRIGUES, Maria Bernadette Castro. Planejamento: em busca de caminhos. In: XAVIER, Maria Luisa;
DALLA ZEN, Maria Isabel (Orgs.). Planejamento em Destaque: análises menos convencionais. 2. ed.
Porto Alegre: Mediação, 2001. P. 59-65 e 72-73.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Questionamentos da tutora

Marga respondendo aos teus questionamentos:

*Partindo da Linha do Tempo, desenvolvida na semana anterior, será que não há como tu relacionares com as leituras que retomates? Será que a leitura das imagens em passeios, em atividades sociais comuns onde inclue a inserção dos mesmos a um grupo maior como batizados, aniversarios, ou festejos que ligam as familias, nao servem como elementos que estimulem a escrita? Na oralidade, eles nao manifestam essa aprendizagem?,

*Marcia, que relação existe entre a cultura indígina e o que as crianças apresentam na sua historicidade? Que relatos elas trazem, sobre coisas que praticam, brincadeiras , ou até mesmo comidas que conhecem? Percebes quanto material vc tem a disposição para explorar e contextualizar? Será que a diferenciação entre a cultura dos indigenas e a cultura vivida por esse publico alvo não apresenta elos que fortificam ou enfraquecem o seu modo de viver?



Certamente esse tipo de atividade estimula a oralidade, tanto é que citei na postagem(7/4/10): “Fizemos então a apresentação, aonde os alunos iam falando sobre a foto e eu auxiliando, fazendo perguntas sobre quem eram as pessoas que aparecia, sobre os lugares, etc.” Esse era um dos objetivos da atividade, que falassem sobre as fotos que trouxeram, pois é uma forma de estar sendo inserido no mundo letrado, se apropriando de conhecimentos compartilhados com o grupo, se comunicando e compreendendo o sentido da escrita e da leitura.
Na atividade sobre as tribos indígenas (25/4/10), também houve esse momento de oralidade onde se manifestaram trazendo o seu conhecimento a respeito do tema. Perguntei se gostavam de comer milho, canjica, farinha de mandioca e li para eles uma reportagem do Sininho ( complemento do Jornal Vale dos Sinos do dia 17/4/10) que falava que os índios transmitiram forte herança cultural através dos alimentos, tendo nos ensinado a comer os alimentos já citados e guaraná, palmito, pamonha. Na postagem digo: “Comparamos sua alimentação saudável (frutas, peixes, plantas, raízes) com a nossa e vimos como alguns alimentos aprendemos com eles a comer.” Também no uso de objetos como redes de dormir, canoa, chocalho, peteca, reconheceram que utilizam e ficaram encantados de saber que os índios também usam.
A área de estudos Sociais possibilita que os alunos possam perceber e compreender as diferenças culturais, aprendendo a encarar naturalmente sem preconceitos “os diferentes”.

REFERÊNCIAS:

ANTUNES, Aracy do Rego; MENANDRO, Heloisa Fesch; PAGANELLI, Tomoko Iyda. Estudos Sociais: Teoria e Prática. Rio de Janeiro, editora ACCESS, 1999.
SOARES, Magda. Resenha dos Textos: “Letramento e alfabetização: as muitas facetas” e “As muitas facetas da alfabetização”.
Disponível em: <> acesso em 3 de maio de 2010.

domingo, 25 de abril de 2010

Povos indígenas







Na semana que passou, elaborei meu planejamento sobre a cultura indígena e para isso busquei subsídios teóricos no texto, Semana indígena:ações e reflexões interculturais na formação de professores.
Os índios receberam esse nome quando os portugueses chegaram a terra que seria mais tarde chamada de Brasil.Vieram com a intenção de procurar riquezas e tornarem-se proprietários dessa terra que já tinha dono. Não foram capazes de entender e respeitar as pessoas que habitavam o local, pelo contrário usaram de crueldade e malícia com eles.
Os povos indígenas brigaram bravamente pelo seu espaço (lutam até hoje), porém foram quase dizimados e perderam muito do que possuíam.
No dia 19 de abril, os índios não têm o que festejar, porém podem mostrar ao mundo que continuam mantendo suas tradições e costumes, que possuem direitos de ter uma vida melhor.
Temos muito que aprender com eles que procuram viver em harmonia com a natureza, respeitando os animais, a terra, a água.
Com meus alunos conversei sobre as tribos que vivem na mata mantendo sua cultura e aqueles índios que vivem em cidades com costumes misturados com os nossos. Vendem artesanato a beira das estradas ou em sinaleiras, porque não tem terras e comidas suficientes para se manterem lá na mata.
Passei um vídeo para a turma que mostrou fotos de índios, onde observaram a pintura do corpo, enfeites que colocam na boca e no rosto.Reconheceram o colorido de suas vestimentas e ouviram a música, “Todo dia era dia de índio”.
Comparamos sua alimentação saudável (frutas, peixes, plantas, raízes) com a nossa e vimos como alguns alimentos aprendemos com eles a comer.
Não pintei seus rostos como em outros tempos, mas fiz com que refletissem sobre esse tema, onde compreenderam que os povos indígenas têm uma cultura diferenciada da nossa e merece nossa admiração e respeito.

REFERÊNCIA:
Ana Maria Petersen, Maria Aparecida Bergamaschi e Simone Valdete dos Santos. “Semana indígena: Ações e reflexões interculturais na formação de professores”.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Contando histórias







Segundo Fanny Abramovich, “Se a criança não lê é porque não lhe estão apontando os caminhos para o desfrute de bons e belos textos...”
A leitura para as crianças é muito importante para se formar cidadão leitores, onde a imaginação, a diversão e o sonhar acontecem por encanto. É onde ela pode rir das situações vividas pelos personagens, encontrar idéias para resolver seus próprios conflitos, tem a possibilidade de se identificar com os personagens e esclarecer as dúvidas, as dificuldades e talvez até resolvê-las. Ouvindo histórias a criança meche com vários sentimentos de ódio, amor, tristeza, alegrias, insegurança, etc.
Portanto esse momento deve ser mágico! É necessário criar um clima de encantamento, mostrando o livro, fazendo uma propaganda sobre o mesmo, para que as crianças fiquem curiosas pela história. É preciso deixar que os alunos toquem, vejam as figuras, saibam quem escreveu quem fez os desenhos, conheça um pouco da vida e outras obras do escritor.
Cabe a professora fazer as vozes dos animais, criar pausas, fazer suspense, sussurrar quando for necessário, falar mais alto para enfatizar alto, enfim transportar o ouvinte para dentro da história, imaginando a beleza da princesa, o tamanho do dragão, pensando na cara do ladrão. Não se pode fazer essa contação de qualquer jeito, o livro deve ser bem escolhido, lido antes para que se possa contar a história com prazer e ter significado para o ouvinte.
Estou vivenciando isso com meus alunos, pois faço leituras deleites todos os dias e eles adoram! Alguns peguntam na chegada: "Prof. que livro tu vai ler hoje?" ou "Prof lê tal livro de novo"isso me prova que estou nocaminho certo.

Fanny Abramovich-In: Literatura infantil - gostosuras e bobices, Ed. Scipione.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Reflexões sobre as leituras

Nessa semana voltei as leituras e as contribuições de Vygotsky que diz da importância da atividade lúdica para a aprendizagem e o desenvolvimento infantil. De como essa atividade preenche necessidades fundamentais para a criança, tais como permitir que resolva o impasse entre o seu desejo e a impossibilidade de satisfação imediata, transforma o real em imaginário nas brincadeiras de faz de conta onde imita papéis e regras sociais.
Compreendo a necessidade do brinquedo para os meus alunos e busco dentro do meu planejamento criar situações que possibilitem estimular seu desenvolvimento e a própria interação social.
Para Vygotsky a aprendizagem da escrita inicia antes mesmo da entrada da criança na escola. Portanto o processo de desenvolvimento da escrita está intimamente ligado aos estímulos recebidos pela criança desde cedo.
Percebo que muitos dos meus alunos não receberam esses estímulos, por isso cabe a mim como educadora desempenhar um papel de inserção deles no mundo letrado, desenvolvendo capacidades de leitura e produçaõ de textos. Realizar leitura diárias de variados gêneros para que se tornem leitores futuramente, é uma das minhas metas.



REFERÊNCIA:



VYGOTSKY,Lev: o teórico social da inteligência.Revista Nova Escola,dezembro de 1996.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Linha do tempo

Solicitei aos alunos um tema de casa, onde os pais teriam que ajudá-los, montando uma linha do tempo com datas que marcaram suas vidas. Quase todos trouxeram seus trabalhos com muito capricho e dedicação. Fizemos então a apresentação, aonde os alunos iam falando sobre a foto e eu auxiliando, fazendo perguntas sobre quem eram as pessoas que aparecia, sobre os lugares, etc.
Foi um momento importante onde puderam mostrar um pouco de suas vidas e experiências que vivenciaram. Também puderam fazer uma relação de fotos parecidas, com exemplos: ida ao Zoológico, a praia, no maternal, no balizado e outros.Nessa atividade pude conhecer mais os meus alunos, conhecendo os parentes, a casa, seus hábitos, seus gostos, enfim aproximando mais o educador do educando.Os pais ou responsáveis participaram estabelecendo um elo de convivência com os filhos, escolhendo e elaborando a linha do tempo. Certamente conversaram sobre aquele momento da foto, recordando e mostrando para as crianças a importância da mesma.São nesses momentos que podem perceber como são especiais para as suas famílias, como foram bem acolhidos e amados. A construção da noção de tempo pela criança é fundamental para que possa situar fatos de sua vida cotidiana, perceber o seu tempo e as épocas diferentes da sua,compreendendo o tempo como fruto da construção social e como uma dimensão contínua ( físico e histórico).
































RERERÊNCIA:

*Leitura das Unidades III (O espaço) e IV (O tempo) do livro: ANTUNES, Aracy do Rego; MENANDRO, Heloisa Fesch; PAGANELLI, Tomoko Iyda. Estudos Sociais: Teoria e Prática. Rio de Janeiro, ACCESS, 1999.


domingo, 4 de abril de 2010

Diagnosticando para planejar







Estou com a minha turma de estágio desde que iniciou o ano, portanto já comecei a avaliação diagnóstica a fim de estabelecer relações entre a proposta de ensino, o perfil da turma e as necessidades de aprendizagens específicas de cada aluno. A partir disso posso elaborar um planejamento pedagógico, articulando o projeto de trabalho com a realidade dos educandos, a final preciso saber o que eles já dominam e onde precisam avançar.


É fundamental levar em conta a bagagem intelectual do aluno, para não formar um ser mecanizado, esperando o sinal para agir. Somos diferentes e essa diferença precisa ser respeitada.
Segundo RODRIGUES (2001),"planejamento é processo constante através do qual apreparação, a realização e o acompanhamento se fundem, são indissociáveis".
Para fundamentar o planejamento de ensino preciso refletir sobre o que é significativo que meus alunos aprendam...Qual será o assunto que vou trabalhar nesse momento? O que eles já sabem sobre esse assunto? O que os alunos precisam e podem saber além do que já trazem consigo? Que recursos posso usar para tornar a aula instigante? Que dinâmica utilizar: história, filme, música, conversa? Que instrumentos avaliativos serão apropriados para verificar se o entendimento do assunto foi alcançado?


Paralelo a sondagem de aprendizagens, comecei um projeto sobre identidades, intitulado: Quem sou eu ! Já trabalhei a percepção do corpo no espelho, diferenças e semelhanças entre os colegas, significado do nome e sobrenome, desenho de si e da família. Vamos trabalhar também com a certidão de nascimento e a linha do tempo com fotos. Objetivo que compreendam sobre sua história de vida e se reconheçam como seres únicos e especiais.
REFERÊNCIA
RODRIGUES, Maria Bernadette Castro. Planejamento: em busca de caminhos. In: XAVIER, Maria Luisa; DALLA ZEN, Maria Isabel (Orgs.). Planejamento em Destaque: análises menos convencionais. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2001. P. 59-65 e 72-73.

terça-feira, 23 de março de 2010

Iniciando o estágio rumo a formatura

"A cultura não se herda, conquista-se."
(André Malraux)


O meu estágio será realizado na escola em que atuo e com a minha turma de 1° ano, que possue 23 alunos, sendo 8 meninas e 15 meninos. É um grupo bem participativo que gosta de realizar todas as atividades propostas.
O período incial de adaptação deles na Escola foi tranquilo e não houve nenhum tipo de contratempo. Na primeira semana fiz entrevistas com os pais para conhecer melhor as crianças e conversamos sobre o funcionamento da mesma, bem como a maneira de trabalho que costumo utilizar.
Realizei as combinações com a turma das regras de convivência, para que percebam o que podem e o que não podem fazer, para que possamos nos relacionar bem no ambiente escolar. Estamos a cada dia nos conhecendo melhor e fortalecendo nossos laços de amizade e cumplicidade.
Estou fazendo uma investigação detalhada sobre os alunos, buscando colher dados importantes que mais tarde colocarei aqui.