sábado, 17 de outubro de 2009

Filme: E seu nome é Jonas









Estou gostando muito das atividades da Interdisciplina de Libras, que estão me fazendo refletir muito sobre a cultura surda. Após assistir o filme: Seu nome é Jonas, fiquei sensibilizada pelas injustiças que os surdos são acometidos, muitas vezes por pura falta de informação confundindo sua deficiência com outras.
O Jonas ficou internado num hospital psiquiátrico, devido a um diagnóstico incorreto, convivendo com crianças das mais variadas síndromes, onde não aprendeu a Língua de Sinais, nem se comunicar através de gestos e mímicas. Sofreu preconceito também em relação aos seus familiares que não sabiam como lidar com ele, ficando sem interagir, sem expressar seus sentimentos, vivendo triste em seu mundo. As coisas mudam quando a mãe entende sua condição e procura ajuda numa escola para surdos, onde ele passa aprender a Língua de sinais ,favorecendo o seu acesso aos conhecimentos existentes na sociedade.
Nos dias de hoje a língua de sinais já é aceita, porém ainda há muita discriminação e falta de preparo da família e de profissionais que lidam com os surdos. É preciso ter mais respeito e conhecimento sobre a cultura surda para compreendê-los , conseguindo relacionar-se de uma maneira natural.
Além do filme tivemos que assistir um diálogo entre três pessoas usando Libras e descrever o que elas estavam falado. Foi bem difícil no começo, olhar e não entender quase nada, mas como era possível procurar no dicionário de Libras ficou um pouco melhor de compreender, contudo algumas expressões não conseguimos encontrar e apenas deduzimos o que queria dizer.
Fazendo um paralelo com o filme,pode-se verificar na pele como é estas observando uma comunicação sem entender a conversa, por não saber a linguagem usada. Mas de qualquer forma está sendo muito bom poder ter esse contato e aprender alguns sinais e expressões utilizadas pelos surdos, desfazendo mitos, como o de acreditar ser universal a Língua de sinais.

PA-violência na escola








Nesse semestre demos continuidade ao nosso PA, investigando em vários sites, as dúvidas elaboradas a partir da pergunta principal: “Por que há tanta violência nas escolas?”. Conseguimos um bom material sobre o assunto que nos deu subsídio para realizar mapas conceituais individuais e posteriormente coletivo, sendo possível organizar as aprendizagens, tendo uma visão espacial dos conceitos, relacionando-os. Feito isso ficou mais fácil de fazer uma síntese bem consistente, onde relatamos nossas conclusões após leituras e pesquisas.
Descobrimos que algumas das principais causas da violência na escola são os fatores psicológicos, sociais, econômicos, culturais e raciais, inclusive a relação familiar está no topo desta lista. Estudos e pesquisas indicam que nos anos iniciais da infância a relação entre mãe e filho, é primordial para a construção do psicológico do indivíduo, que quando não encontra estabilidade e confiança nessa relação, busca estes alicerces dentro da escola, procurando afeto e limites que não encontrou na relação com a mãe e a família em geral.
A violência escolar pode ser simbólica, ou seja, uma violência exercida pelo professor e pela escola contra o aluno, muitas vezes o professor estressado com as situações violentas dentro da escola, acaba até mesmo de forma inconsciente tratando alguns alunos com descaso, com algumas agressões verbais e em últimas instâncias com agressões físicas, tudo isso gera baixa-auto-estima nas crianças, problemas de aprendizagem e evasão escolar.
A violência contra o patrimônio é causada por alunos através da pichação e depredação do prédio e dos materiais, que ocorrem constantemente com atos de vandalismo de alunos revoltados com o sistema educacional, alunos que querem se fazer chamar a atenção para si de alguma forma.
Já a violência física é mais presente no ambiente escolar e é manifestada através da agressividade física, de alunos contra professores, mas principalmente de alunos contra alunos e em alguns casos até mesmo de professores contra alunos.
A escola precisa agir diante de toda a violência que vem acontecendo dentro e fora de seus muros, para no mínimo amenizar a situação, visto que acabar com a violência é algo utópico. Em algumas instituições escolares já vem acontecendo projetos e palestras, a fim de informar e buscar a paz dentro e fora da escola. São essas estratégias que mostram os caminhos possíveis para melhorar a convivência, envolvendo a todos nesse processo.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Cultura surda

Pensei que sabia muita coisa sobre o assunto, porém foi na primeira aula de Libras onde pude começar a entender o que era a cultura surda. A aula foi SENSACIONAL fiquei impressionada com a presença que tem a profª Janaina, que embora não tenha se expressado muito verbalmente conseguiu se comunicar muito bem conosco. Através da intérprete nos questionou sobre o significado da palavra Libras, explicando que os sinais são diferentes em outros países, pois dependem da língua falada em cada lugar. Ensinou vários gestos, letras e números e até contou um caso muito divertido, sem a interferência da intérprete, fazendo gestos e mímicas que foram perfeitamente fáceis de serem entendidos.
Na semana passada postou as atividades, solicitando um texto sobre a cultura surda, para isso fiz leituras sobre o material que ela enviou e também em sites relacionados. Considerei muito relevante tudo que já me apropriei até o momento e refleti que para conversar com uma pessoa surda é necessário primeiro não ter preconceito, portanto num primeiro momento tentaria usar gestos, expressões faciais e corporais, falando devagar, mantendo a comunicação visual. Contudo sem dúvidas que para interagir melhor com eles, é preciso entender a cultura surda, aprendendo a língua de sinais e participando da comunidade surda através de associações e clubes. É preciso haver compreensão e respeito nesse processo de convivência.
Vejo que os surdos são um grupo minoritário que está lutando para que sua cultura seja reconhecida, no contexto social, como legítima, afinal trata-se de uma outra maneira de se comunicar e de interagir com o mundo. É essencial para as crianças surdas utilizarem a Língua de Sinais, desde pequenas, com seus pais, com os profissionais da área educacional e com as pessoas de convívio mais próximo para que garanta o desenvolvimento psíquico, social, político e psicológico.




REFERÊNCIAS

STROBEL, Karin. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: Editora UFSC. 2008.



________________________http://comunidadesurda.blogspot.com/ visitada em 26/09/09