quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Reflexões sobre minha profissão

Refletir sobre a profissão...após leitura de textos que abordam este assunto nos foi solicitado pela disciplina de Gestão de Educação,participar de um fórum comentando vários aspectos da profissão: professora.



Sou concursada e trabalho no município de São Leopoldo desde 1986. A estrutura do nosso plano de carreira contempla horas atividade e horas aula. Para as horas atividade, temos um segundo professor que chamamos de P2, que trabalha com a turma. Prevê ainda duas formas de progressão: a horizontal, que é feita através de letras, onde a valorização é pequena (a cada 1065 dias, mais ou menos 30 reais) e a vertical, sendo que nesta, a remuneração para a graduação é de 20% sobre o básico (que é mais ou menos 800 reais) e para a pós 30% do mesmo básico. Considero bom diante da realidade de outros municípios e muito bom se comparado com o do estadual.
Minha escola é situada na área urbana, com um bom espaço físico, porém onde nem todos os prédios são em alvenaria e as salas deveriam ser mais amplas, pois o número de alunos tem crescido a cada ano. Temos uma biblioteca ampla, com muitos livros e recursos, porém sempre usada para vários fins conjuntamente, hora do conto, pesquisa, reforço escolar, etc.O laboratório de informática,chamado de EVAM, será inaugurado somente para o próximo ano, sendo que desde o ano passado está sendo instalado.
Temos apóio pedagógico e uma direção democrática. Funciona na escola o círculo de pais e mestres, o conselho de classe e o grêmio de alunos.A família ainda é muito ausente, muitas vezes aparece apenas para reclamar de algo, ao invés de participar ativamente do aprendizado do filho e do ambiente escolar.

Essa formação do PEAD está sendo muito importante para que eu possa estabelecer a ligação entre a prática e a teoria, além de levar novidades e outros olhares para o meu fazer pedagógico. Em todos os momentos somos levadas a refletir sobre a escola que temos e a que desejamos ter, isso é fundamental para quem busca mudanças.
A rede em que trabalho oferece cursos de atualização e sempre participo. Muitas vezes no próprio horário de trabalho.
Sou sindicalizada, porém não participo mais efetivamente como antes, mas considero necessário ser representada por um sindicato que luta por nossos direitos.
O piso salarial nacional de R$ 950,00 para 40 horas é uma vergonha, ele não vai me atingir, pois recebo em torno disso, por 20horas.
Amo lecionar e por isso continuo com a esperança de dias melhores

Um comentário:

Giselda Correa disse...

Marcinha... Quanto do que sonhamos realmente usamos para fazer o que estamos pensando. Muitas vezes ficamos no meio, ou seja, queremos e não fazemos, parte porque nosso dia a dia é tomado de uma necessária obrigação dentro da ironia do sistema, e parte porque é muito difícil ter que encarar os riscos da mudança, sair fora do que consideramos como fronteiras da segurança. O duro de tudo é que, quem não tenta, não avança, e mais do que acertar ou errar, o grande negócio é ter espaço para treinar, desenferrujar e assim ajudar a romper os limites, aqueles que não imaginávamos que poderíamos superar.
"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino"."A educação necessita tanto de formação técnica e científica como de sonhos e utopias".Paulo Freire. Um abraço pra ti. Gi – Tutora OGE