segunda-feira, 22 de junho de 2009

Filme Clube do Imperador

Assiti o filme recomendado pelo profº Leonardo e fiz uma análise.
A cena em que o professor William Hundert fica diante de um conflito moral é quando está corrigindo as provas dos alunos e tem que decidir quais os três classificados para a final do Concurso Senhor Júlio César. Ele modifica o conceito do aluno Sedgewick Bell, que havia ficado em quarto lugar passando-o para o terceiro lugar.
Com essa decisão foram quebrados os princípios éticos morais de honestidade e de justiça presentes em seu caráter e ensinados constantemente aos seus alunos, na frase: “o caráter de um homem é o seu destino”. Ele decidiu rever o conceito B que tinha dado ao aluno Sedgewick Bell, resolvendo modificar para B mais. Passa esse aluno na frente do outro lhe dando uma oportunidade, na esperança de que se vendo capaz, ocorresse uma mudança no seu comportamento e no seu caráter. Com essa atitude acabou prejudicando o outro aluno que também queria participar do concurso e tinha demonstrado condições intelectuais para isso, através da sua prova.
A partir de sua decisão que envolveu trapaça, mentira, injustiça com o outro aluno, irresponsabilidade e falta de ética profissional, percebo que moralmente, segundo as minhas concepções, não agiu corretamente, pois não acredito que os fins justificam os meios. Porém tudo isso nos mostra como o ser humano é imperfeito, mesmo pessoas íntegras, podem uma hora ou outra ter algum deslize. Um professor está sujeito à falhas e imperfeições como todas as outras pessoas. Mesmo com boas intenções tentando ajudar um aluno a se modificar não conseguiu, pois por melhor que seja o professor, os exemplos bons ou ruins vêm do que recebemos da família. A falta de valores éticos ou morais ou a inversão de valores são problemas muito graves na sociedade atual.
O papel da família é básico na formação da personalidade do futuro cidadão e não adianta delegar esta responsabilidade à escola, que possuem um papel complementar. O professor William Hundert teve consciência de que agiu errado pedindo perdão anos mais tarde ao aluno preterido. Pode ver que sua atitude com esse aluno não trouxe conseqüências graves na vida adulta, pois continuou acreditando no seu trabalho, colocando o filho para ser seu aluno. Além disso, teve o reconhecimento por parte dos demais alunos, recebendo uma placa homenageando-o, mostrando a gratidão pela educação recebida.

Um comentário:

Gláucia Henge disse...

Olá Márcia! Ao definir que o professor está sujeito a erros como qualquer pessoa, você está apontando para uma necessidade de desmitificaçaõ da figura do educador, não é mesmo? Em compensação, como fica a imagem desse educador?